Enquanto eu fui vergonhosamente deixando para o dia seguinte o post-forum sobre o lobolo que prometi à Samya, o Carlos Serra deitou fogo ao assunto neste post.
A coisa está que arde. Dêem uma vista de olhos.
Entretanto, como não é essa a discussão que a Samya procura, reitero a promessa de não deixar passar o fim-de-semana sem cumprir o que já deveria ter feito há muito.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
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6 comentários:
Depois de ler todos comentários do blog "vizinho" acho que fiquei mais baralhado agora do que no inicio da discussão. "Santa ignorância a minha"!!!
Parece que o lobolo para a cultura moçambicana é muitissimo mais do que um simple dote?
Vou estar atendo aos desenvolvimentos nos dois blogs, pois estes espaços na net servem também para aprendermos algo sobre a cultura e costumes dos "outros"!
Viva, João.
Para se ir inteirando mais da coisa, pode seguir a sugestão do Carlos Serra e pegar o meu livrito (lê-se bem, ou pelo menos fiz muito esforço nesse sentido), ou então descarregar da net os artigos que deixei no "Artigos XXL", ou o artigo da Brigitte Bagnol no número da Análise Social que está em destaque na coluna lateral.
Viva Paulo,
Vou seguir o seu conselho. Primeiro começo pelos artigos e depois irei passar para o livro.(Se a vista não me está a enganar a publicação é nacional, do "campo das letras", logo, não devo ter dificuldade em conseguir encontrar).
Já agora, se não ficar satisfeito posso pedir a devolução do preço do livro directamente ao autor?
Claro.
Eu preciso sempre de exemplares para oferecer.
Encontrei um texto sobre o lobolo publicado em uma revista francesa de 1986, chamada La vie en rose, que faz uma leitura muito diferente do lobolo do teu amigo Jaime. Ainda que o artigo seja muito resumido, basta uma lida para compreender a transformação do lobolo que parece caminhar a mãos dadas com a transformação da sociedade Moçambicana. O interessante é que lendo sobre e entrevistando alguns marroquinos pela questão do dote, ele não acompanha (na sociedade marroquina) dessa forma as mudanças sociais. Ao contrario do dote marroquino, o lobolo me parece muito mais adaptavel às mudanças sociais.
Estou ainda esperando as resposta às minhas perguntas, curiosissima pois estive tentando fazer um pararelo entre esses dois sistemas de dotes (marroquino e moçambicano)e a documentação encontrada sobre o lobolo, depois de ter lido o teu livro, deixa a desejar.
Um grande abraço e boas férias
É. Há relativamente pouco, para uma instituição tão importante, e há a tendência para pegar apenas num aspecto, quando se trata de uma prática muito polissémico e com muitas utilizações sociais possíveis.
Mas podes dar, entretanto, uma vista de olhos no artigo da Brigitte Bagnol (clicando na foto da Análise Social, na coluna ao lado) e pesquisar na net um artigo da Signe Arnfred chamado "Family forms and gender policy in revolucionary Mozambique". Acerca de questões e de tempos diferentes, valem ambos a pena.
Não sei, entretanto, se uma visão inversa do dote marroquino a do lobolo poderá levar muito longe, mas sei muito pouco do dote. Poderemos conversar sobre isso em breve, contando com o teu conhecimento acerca do assunto.
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