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domingo, 11 de março de 2012

escritos de João Nobre

Procurando lidar com o impacto emocional do falecimento de João Nobre, busquei esta manhã textos seus disponíveis na net. São menos do que aqueles que conheço, mas suponho que, mesmo assim, vos interessarão.

Deixo-vos, então, um estudo acerca de notícias sobre HIV/SIDA na imprensa moçambicana, realizado para a UNICEF, e cinco recensões de livros:

- de Entre o Mar e a Terra: situações identitárias no norte de Moçambique, de Rafael da Conceição

- de Lobolo em Maputo: um velho idioma para novas vivências conjugais, deste vosso amigo

- de Machel: ícone da 1ª República?, de Severino Ngoenha

- de A Invenção da Cultura, de Roy Wagner

- de Denying AIDS: compiracy theories, pseudoscience, and human tragedy, de Seth Kalichman

Não dá para o ficar a conhecer, mas dá para quem o conheceu recordar. E vale bem a leitura.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Riscos do trabalho de campo

O trabalho de campo antropológico tem os seus riscos. Mas este, pelo menos, eu não corro...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Antropólogos são outra loiça...

Uma pobre senhora que está a estudar para um teste duma licenciatura e universidade que não revelarei desabafou comigo:

- Até que enfim! É um alívio estudar um texto bem escrito!

No meio de uma montanha de papelada, lá estava um artigo do João Leal.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Coitado do Giacometti...

Já lhe ouvi chamar "misantropologia à portuguesa".
Por mim, acho-lhe um piadão.
Embora tema vir a ter pesadelos à conta das partes escatológicas...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

É a glória!

Há quem ache que a antropologia (ou mais precisamente, uma história de antropóloga tesuda) merece uma canção!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Uma entrevista engraçada

Quem se levanta cedo (ou deita tarde) poderá ver em breve uma entrevista mais longa que o habitual e que me pareceu ter saído bastante simpática e interessante.
O motivo imediato foi o meu livro Um Amor Colonial, sendo a conversa conduzida por Vítor Bandarra, a quem muito agradeço o convite.

O horário é que é adaptado a estas coisas da cultura e do "serviço público":
O programa passará na TVI na próxima 2ª feira às 6 da manhã, sendo repetido na TVI 24 no domingo seguinte, às 8 horas.

Não é caso para vos desejar insónias, mas aqui fica o aviso.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Coisas simples que contam muito

Fiquei bastante surpreendido quando, ao abrir o Público de hoje numa dupla página sobre os resultados das eleições moçambicanas, dei de caras com uma frase minha que o jornalista escolheu para colocar em letras bem grandes:

«Mesmo que as coisas não melhorem como as pessoas gostavam, está-se em paz e consegue-se ir vivendo, e isso é valorizado.»

Não é, de facto, o tipo de questão que um jornal costume destacar, de entre as muitas outras sobre tácticas partidárias e estatais, mensagem política, usos de meios, and so on.

Mas depois percebi - ou, pelo menos, julgo ter percebido.

Aquela frase foi escolhida exactamente por sair fora do trivial analítico em que quase sempre se esgotam as declarações feitas nestas circunstâncias.
Foi escolhida por chamar a atenção para um factor que julgo ser fulcral, mas que não é equacionado, por não fazer parte do "manual do comentador".
Por ser algo a que, independentemente da sua importância bem real, só daria atenção um antropólogo praticante que se tivesse vindo a aperceber dessa relevância ao longo da sua convivência corrente com as pessoas.

E muito agradeço ao João Manuel Rocha (o jornalista em causa), por me ter feito lembrar essa coisa simples e essencial acerca da minha profissão.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Era uma vez um senhor

Claude Levi-Strauss faleceu este domingo, depois de 100 anos muito bem aproveitados e que marcaram o pensamento (e não apenas a antropologia) do século XX.

É uma ocasião tão boa como outra qualquer para que quem não o leu o faça agora.
Como forma de homenagem, ou de matar curiosidade, ou de descobrir um tipo de raciocínio fascinante.

O seu primeiro livro que li (lembro-me muito bem, e muito longe estava então de imaginar que viria um dia a ser antropólogo) foi este A Oleira Ciumenta.
Foi uma experiência única e, por isso, aconselho quem me queira ouvir a que faça o mesmo.

Da minha relação ambígua com a sua obra, feita de fascínio e admiração que, ajudada por isso, por vezes se torna em irritação com alguns dos abusos que comete, talvez fale um destes dias.

Mas isso pouca relevância tem.
Perante gigantes como este, o que menos interessa são os estados de alma de pigmeus como eu.

Leiam-no, pois.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Episódios da vida académica



Com um obrigado à Marta.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

De volta ao tal de jardim à beira mar

... embora ainda em pleno processo de esquizofrenia cultural.

Espero afixar ainda hoje uma foto alusiva a esse confuso estado.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Debatendo em Maputo

Num teclado sem assentos, venho por este meio convidar-vos a participarem no seminario "Gemeos, Albinos e Prisioneiros Desaparecidos: 'contrato social' e violencia politica", que apresentarei quarta-feira 26/8, pelas 10 horas, no anfiteatro 1502 da FLCS-UEM.

Muita coisa a debater, visto que passa por 'crencas tradicionais', prisioneiros politicos antes e depois da independencia, desaparecidos da Operacao Producao, pelo que se diz dos corpos de todas essas pessoas e pelo 5 de Fevereiro de 2008...

Tirando esse ultimo aspecto, a base da comunicacao e' este texto aqui.

Vai ser no ambito do Ciclo de Seminarios Interdisciplinares em Ciencias Sociais e Humanas.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

'Tou lá no sábado


Enquanto espero a saída iminente do Um Amor Colonial, o «Trabalhamos Sobre um Barril de Pólvora» - homens e perigo na refinaria de Sines vai ser livro do dia no próximo sábado.

Vou, por isso, estar no stand da Imprensa de Ciências Sociais na Feira do Livro, das 17 às 19 horas, à disposição das multidões sedentas de autógrafos.

Como não sou Prémio Nobel, nem figura televisiva, nem ex-namorada do Pinto da Costa, devem ser umas duas horas um bocado solitárias...
Quem quiser aproveitar para vir dar dois dedos de conversa é, também por isso, muito bem vind@.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Lá vou eu andar à volta dos linchamentos...


Amanhã, seguirei para Braga onde, para além de rever amigos se conseguir, irei participar no Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais.

Entre tanto tema interessante, lá havia de ser "cravado" para integrar um grupo de trabalho sobre Linchamentos, com gente que tem dedicado muitíssimo mais tempo ao tema do que a minha modesta passagem teórica por ele: os paulistas José de Souza Martins, Sérgio Adorno e Jaqueline Sinhoreto e o moçambicano Carlos Serra.
A origem dessa presença, vários de vocês o saberão, é o artigo que está disponível para download aqui, que desenvolve algumas reflexões afixadas cá no blog.
Lá estarei, então, às 16h15m de sexta-feira, honrado com a companhia e convite, e desejoso de aprender umas coisas.

Os meus sentimentos estão, no entanto, divididos.
Embora vários colegas me tenham estimulado a aprofundar a questão e propostas que sugiro no tal artigo, trata-se de um tema muito violento emocionalmente e que, pelo menos a mim, deixa marcas - pois não tenho a saudável capacidade de sentir os "objectos de estudo", que são pessoas, como tubos de ensaio num laboratório.

Ainda por cima, andei também há pouco a trabalhar acerca de um outro tema pesadote: gémeos, albinos, prisioneiros políticos, Operação Produção...
A coisa deu aso a uma outra honra, a selecção do artigo respectivo (download aqui) para publicação na Travessias, a revista que será distribuída no Congresso.
Mas, as duas juntas, dão-me uma vontade de parar de pensar em violência extrema e socialmente aceite que vocês nem imaginam.

Não há por aí ninguém interessado em financiar uma pesquisa sobre criancinhas felizes, amimaizinhos amorosos ou jazz?

domingo, 19 de outubro de 2008

Porno-antropologia?

Então não é que me chegou aqui um maduro vindo de Osaka, que se deu ao trabalho de aceder ao coitado do Antropocoiso através de um site chamado Porno-Digest?

Eu bem sei que há quem considere que este clássico do tio Malinowski é um livro pornográfico. Mas, enfim... há passagens de outro clássico, a Biblia, que o batem aos pontos.

Também sei que o mundo é muitas vezes obsceno e que a gente o estuda.
Mas... linkado num site especializado em porno?! Será uma tomada de posição epistemológica?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Sejam mais criativos!

...E habilitem-se a ganhar o Prémio IgNobel.
Este ano, as pesquisas vencedoras foram sobre:

Economia: efeito do ciclo ovulatório das dançarinas eróticas sobre as gorjetas que recebem

Quimica: ex-aequo, um estudo que prova o efeito espermicida da Coca-cola e outro que prova o contrário

Biologia: descoberta de que as pulgas que vivem em cães saltam mais alto do que as que vivem em gatos

Nutrição: alteração electrónica do som da batata frita, para parecer mais estaladiça

Paz: adopção do princípio legal de que as plantas têm dignidade (Suiça)

Medicina: demonstração de que os medicamentos falsificados mais caros são mais eficientes que os mais baratos

Ciência cognitiva: descoberta de que uma espécie de amiba consegue resolver puzzles

Física: demonstração matemática de que cordeis e cabelos acabam inevitavelmente por se embaraçar

Literatura: estudo acerca da indignação dentro de empresas


Tudo isto (excepto, claro, o da Paz) publicado nas mais prestigiadas e ISIzadas revistas científicas. E ando eu para aqui a perder o meu tempo a estudar perigos industriais, curandeiros e tretas dessas...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Aos alunos da Fac de Letras:


O tal texto acerca da "Antropologia à Porta de Casa" que vos desperta curiosidade está disponível para download aqui.

Olhem... divirtam-se.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Uma bejeca de prémio

Acabo de, finalmente, conseguir inserir on-line o relatório final de um projecto de pesquisa.

Acho que mereço sentar-me na varanda a beber uma cervejinha - e depois ir para a cama, que amanhã há mais.

Espero que o mundo não tenha pegado fogo entretanto, pois não tenho tido tempo para olhar.

Quem disse que essa coisa do trabalho alienado é só para os operários?

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Serão coisas de globalização...

... mas lá que não é todos os dias que se vê uma portuguesa e uma velha curandeira moçambicana, sentadas em frente do tinhlolo, a trocarem impressões acerca das suas respectivas viagens a Veneza, lá isso é verdade.

(desenho da filhosca)