quinta-feira, 30 de abril de 2009

'Tou lá no sábado


Enquanto espero a saída iminente do Um Amor Colonial, o «Trabalhamos Sobre um Barril de Pólvora» - homens e perigo na refinaria de Sines vai ser livro do dia no próximo sábado.

Vou, por isso, estar no stand da Imprensa de Ciências Sociais na Feira do Livro, das 17 às 19 horas, à disposição das multidões sedentas de autógrafos.

Como não sou Prémio Nobel, nem figura televisiva, nem ex-namorada do Pinto da Costa, devem ser umas duas horas um bocado solitárias...
Quem quiser aproveitar para vir dar dois dedos de conversa é, também por isso, muito bem vind@.

4 comentários:

Anónimo disse...

"Como não sou Prémio Nobel, nem figura televisiva, nem ex-namorada do Pinto da Costa, devem ser umas duas horas um bocado solitárias..."
És um tipo mujito porreiro, mas esta afirmação é de uma vaidade tão intensa que te fica mal.

(Paulo Granjo) disse...

Não é a intenção nem, para ser sincero, encontro aí vaidade - intensa ou escondida.
Para que o fosse, teria que ser dito por alguém que se considerasse um 'génio imcompreendido' - coisa que eu não sou, nem quanto à primeira nem quanto à segunda palavra.

Pretendeu ser (e aí encontro) apenas um desabafo acerca da irrelevância pública do trabalho dos cientistas sociais.
Bem atestada, aliás, numa outra experiência de Feira do Livro, com um outro título. Ainda por cima, dessa vez, estava no stand ao lado o Miguel Vale de Almeida (um dos mais brilhantes e conhecidos antropólogos portugueses) que, tal como eu, bem mais junior, esteve para ali sentado sem que ninguém se lhe dirigisse.

Aliás, aqui entre a gente, essa frase constituiu (com «prémios literários» em vez de «prémio Nobel») a explicação que um editor me deu acerca das razões que faziam de um livro dificilmente classificável como "Um Amor Colonial" um alto risco editorial, em tempos de crise.
E eles é que conhecem o mercado e o que faz mover o público.

Anónimo disse...

Ainda bem que não és nenhum Prémio Nobel recente, pois a sê-lo, seria facto inédito no campo das antropocoisas, e apenas por sê-lo, levantaria fortes suspeições sobre como lá terias chegado.
Ainda bem que não és figura televisiva, pois se o fosses, não serias o gajo porreiro e cientista social tão importante e honesto como sei que o és.
Ainda bem que não és ex-namorada do Pinto da Costa, pois se o fosses, não serias o meu amigo Paulo Granjo e serias antes mais uma putéfia desta sociedade que cada vez mais tem parecenças com um bordel com luz vermelha na fronteira (sem ofensa às pessoas que são "obrigadas" a serem prostitutas por imposição desta sociedade).
E quanto às horas solitárias que, possivelmente, ali vais passar, lembra-te que mesmo estando ali contigo o Erich Sheurmann, o Edwin Wilmsen e o Patrick McAllister prontos para dar autógrafos, a única coisa melhor para passares o tempo seria que tinhas estes parceiros para a sueca.
Eu, porque não estou aí por Lx, não te poderei acompanhar na Feira, o que seria um prazer enorme.

Olha, aqui vai uma dica para que possas "angariar" mais uns quantos para dares uns autógrafos: coloca a teu lado, bem visível, um grande cartaz onde escreves, por exemplo - PUTA DE SOCIEDADE ESTA, ANÁLISE ANTROPOLÓGICA DE PAULO GRANJO !. Podes não vender muito mais, mas sempre chama a atenção!!
Abraços e muitos autógrafos,
Luis Patta

(Paulo Granjo) disse...

A ideia não é má, não senhor.

Mas olha que quando falei de "figuras televisivas" estava a referir-me às estrelas mediáticas que as pessoas depois querem ler, só por lhes conhecerem a cara, em escritos que não têm nada a ver com aquilo que os tornou conhecidos.

Não estava a meter pessoal como a Luísa Schmidt ou o Barreto, que fizeram grandes programas acerca daquilo que estudam e escrevem - e não perderam honestidade ou porreirismo por causa disso.

O "grande público" não ligar pêvas ao que estudamos, sobretudo se estudamos coisas importantes para a vida de toda a gente, não é um sinal de mérito; é uma tristeza.

Por isso é que continuo sem perceber muito bem as razões do primeiro comentário desta caixa.