Ele há ironias quase trágicas.
Na mesma altura em que a Comissão Europeia aprovou à pressa um acordo com os EUA acerca da devassa de todas as transferências interbancárias realizadas através do dominante sistema SWIFT (coisa que, aliás, eles já andavam a fazer sem dar cavaco a ninguém), o PS e o CDS opõem-se ao levantamento do sigilo bancário para combate à corrupção e, já agora, a essa ideia estrambólica de considerar criminoso o enriquecimento ilícito.
Entretanto, o PSD não se opõe a esta última coisa, mas lá o sigilo em relação às continhas é que já não.
Num país em que se fazem escutas como quem bebe copos de água e em que todos os cidadãos têm que declarar regularmente os seus rendimentos (que portanto são conhecidos das autoridades, a não ser que andem a esconder ilicitamente alguma coisa), fico emocionado com tanto empenho em defesa da privacidade e das liberdades.
O que me custa a perceber são as prioridades e a lógica de quem assim as defende.
Mas eles terão certamente óptimas razões para manter esse espaço de opacidade financeira.
Elas é que escapam a um rapaz crédulo e bem intencionado como eu.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
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