Mal acordei, corri para a internet, em busca da notícia que hoje queria receber da China: a vitória de Lewis Hamilton no Campeonato Mundial de Condutores, vulgo fórmula 1.
Não foi desta. Desistiu e fica a decisão adiada para um emocionante G. P. do Brasil.
O meu fascínio por automobilismo (e mais ainda, sabe quem me conhece bem, pelas 24 Horas de Le Mans) precisaria de um longo texto para ser explicado, se é que eu o conseguiria explicar.
A minha preferência por Hamilton - que, tenho reparado, partilho com muitos brasileiros em busca de um sucessor de Ayrton Senna nos seus afectos - é mais simples.
Teve uma carreira automobilística dirigida a dedo, mas todas elas o são, hoje em dia.
No caso dele, isso não o transformou num puto mimado, estupidamente inacessível e só abrindo a boca para dizer mal dos outros ou se queixar de desvantagens, para ficar ainda em maior vantagem.
Caloiro, sobrepõe-se em luta directa ao bi-campeão mundial que, digno sucessor de Schumacker ou Prost, só pensa em assegurar contractualmente todas as vantagens dentro da equipe e em ter colegas inócuos.
É, ainda, um rapazinho atrevido que, quando necessário, mostra que ultrapassar "no pulso" não é tão impossível como dizem.
Sobretudo, vi-o conduzir no G.P. de Mónaco (pela TV, claro, que o dinheiro não dá para mais) e há qualquer coisa especial na maneira como o faz. Sendo ela muito diferente, fez-me sentir um nível de emoções estéticas que me lembraram muito a visão de Senna.
Suponho que tudo isto é estranho e estúpido, para quem não partilhe a minha atracção por este peculiar desporto, tanto de máquinas quanto de pessoas. Mas é verdadeiro e genuíno.
domingo, 7 de outubro de 2007
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