Correcto. Nalguns locais e costumes, o Xiguiane era a entrega da noiva em casa do noivo, após o lobolo. Hoje em dia, é geralmente uma visita da família dela, também no dia seguinte ao lobolo ou ao casamento civil (se houve), entregando as prendas recebidas.
É também festa rija e ocasião para lhe oferecer o "kit de sobrevivência" costumeiro. O que, como cada ramo de ambas as famílias o quer fazer, torna os nubentes em felizes proprietários de uma meia-dúzia de fogões de carvão, esteiras, bacias, pilões, vassouras, capulanas duplas e etc, que não sabem onde enfiar lá no apartamento...
Os dois anónimos sou eu. E mais uma vez obrigado pela chamada de atenção. Está justamente entre aspas porque estava a tentar fazer uma graça com a expressão 'recém-casados' cá do burgo...Mas tenho de ter atenção aos particularismos, eu sei! Vera Azevedo
É um cidadão do mundo que nasceu português em 1963, é casado e tem uma filha.
Antropólogo e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), doutorou-se em 2001 e realiza pesquisas tanto em Portugal como em Moçambique.
Mete o nariz em terrenos de estudo tão diversos como a indústria, as práticas curativas e mágicas, os processos de aprendizagem, as práticas políticas, as relações laborais ou o direito familiar.
No entanto, as suas pesquisas possuem um fio condutor comum: compreender as concepções e respostas sociais à incerteza, ao perigo e à tecnologia, em contextos de mudança cultural e social.
Vai sendo também docente no ICS e na FCSH, depois de ter passado pela Universidade Eduardo Mondlane (Maputo) e pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
É autor de diversos livros e artigos, alguns dos quais irão sendo afixados aqui no blog.
Os seus trabalhos receberam, em 2007, dois reconhecimentos de que muito se orgulha:
Por parte dos seus "pares", o Prémio Sedas Nunes para as Ciências Sociais.
Por parte dos seus "objectos de estudo", o estatuto de membro honorário da Associação de Médicos Tradicionais de Moçambique.
desde a actualização anterior, à Argélia, Bielorússia, Cazaquistão, Chipre, Costa Rica, Egipto, El Salvador, Etiópia, Guiana, Honduras, Jersey, Katar, Letónia, Líbano, Malawi, Nicarágua, Paquistão, Senegal e Suazilândia
Nkosi Sikelele Mama Africa
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5 comentários:
Parabéns aos dois 'lobolados'. Sejam felizes.
Xiguiane é após a festa do casamento, correcto?
Correcto.
Nalguns locais e costumes, o Xiguiane era a entrega da noiva em casa do noivo, após o lobolo.
Hoje em dia, é geralmente uma visita da família dela, também no dia seguinte ao lobolo ou ao casamento civil (se houve), entregando as prendas recebidas.
É também festa rija e ocasião para lhe oferecer o "kit de sobrevivência" costumeiro.
O que, como cada ramo de ambas as famílias o quer fazer, torna os nubentes em felizes proprietários de uma meia-dúzia de fogões de carvão, esteiras, bacias, pilões, vassouras, capulanas duplas e etc, que não sabem onde enfiar lá no apartamento...
Preciosismo do português de Moçambique, para o primeiro anónimo:
As mulheres são "loboladas"; os homens e as suas famílias "lobolam".
Quanto às felicidades, bem merecem!
Os dois anónimos sou eu. E mais uma vez obrigado pela chamada de atenção. Está justamente entre aspas porque estava a tentar fazer uma graça com a expressão 'recém-casados' cá do burgo...Mas tenho de ter atenção aos particularismos, eu sei!
Vera Azevedo
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