A minha filha gosta de histórias com final feliz.
Eu gosto de boas notícias. Não para imaginar o mundo mais cor-de-rosa. Por si só, pelo prazer de saber que aconteceram.
É bom saber que, conforme informa o Público de hoje, os habitantes do prédio de Setúbal cujos últimos andares rebentaram há uns dias estão a ser tratados adequadamente, com uma eficiência da parte da Câmara Municipal, do Governo Civil e (pasme-se!) das seguradoras que só lhes dão razões para dizer bem dessas instituições e empresas. É muito bom saber que, atingidas por um acontecimento que ninguém deseja para si, foram rapidamente asseguradas a essas pessoas as condições que sempre deveriam ser disponibilizadas em casos afins.
É menos bom que a razão para que isso seja notícia não derive do facto de a coisa ter acontecido, mas sim de os acontecimentos corresponderem à história do "homem que mordeu o cão".
Mas também nisso se descobre uma grande vantagem de notícias como esta: para além de nos permitirem louvar quem fez bem a sua obrigação (mesmo que fosse essa a sua obrigação), lembram-nos e demonstram-nos que não são "naturais" a incompetência, a desorganização, o desleixo ou o estar-se nas tintas, quando se assumiram responsabilidades públicas.
Nesse sentido, fazer bem o que deve ser feito torna-se em mais do que uma obrigação ou um exercício de competência. Torna-se um manifesto e uma exigência aos restantes poderes públicos.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Boas notícias também são notícia
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