quinta-feira, 13 de março de 2008

Excertos de "Um Amor Colonial" (9)


«Agora, não sei. Partiu para Portugal, não sei o que é feito dela. Nunca mais tive notícia nenhuma dela, nestes trinta anos. A mãe também foi, pronto, e eu nunca mais tive notícia. Mas gostava. Ainda pus alguns anúncios num jornal, parece que era um semanário. «Alguém conhece a Rosa Maria de Oliveira César Paulo?» Nunca ninguém me respondeu. Pronto, se calhar ela até leu mas disse: «Não... é melhor não escrever.»
E olha... cá estou eu, mas com esperança de ainda a encontrar! Não é cá para maluquices. Estamos velhos para isso, eu tenho a minha vida, ela tem a dela. Mas gostava de a encontrar. Só.
Eh pá! Acredito que esta do destino… Eu penso muito nisso, e penso que talvez não tenha feito um grande esforço, durante estes 15 anos últimos, para a encontrar porque sinto uma pontinha de esperança cá dentro que o destino, um dia, vai pô-la à minha frente. Nem que seja na véspera de eu morrer! Porque passaram-se tantas peripécias, tantas coincidências que... é o destino.»(capítulo 9)

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