quinta-feira, 24 de abril de 2008

Amigos, venham sempre mais


Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também



Venham mais cinco, duma assentada que eu pago já
Do branco ou tinto, se o velho estica eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no a andar
De espada à cinta, já crê que é rei d’aquém e além-mar

Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa e zarpar

A gente ajuda, havemos de ser mais eu bem sei
Mas há quem queira, deitar abaixo o que eu levantei
A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustém
Só nesta rusga não há lugar prós filhos da mãe

Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa e zarpar

Bem me diziam, bem me avisavam como era a lei
Na minha terra, quem trepa no coqueiro é o rei
A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustém
Só nesta rusga não há lugar prós filhos da mãe

Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa e zarpar

Sem comentários: