segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Último cigarrito

Fumei ontem à noite o meu último cigarro.
Foi na varanda, olhando as traseiras.
Começou a chuviscar.
Tentei dar alguma solenidade ao acto, mas não consegui. Na altura, não me pareceu grande coisa.

8 comentários:

Anónimo disse...

Viva Paulo,
Acho que tomou a decisão certa. Se me permite partilho consigo a minha experiencia...
Quando decidi deixar de fumar, algumas vezes a partir de datas especiais para mim (como o nascimento do meu filho), acabei diversas vezes por voltar a cair na tentação. Numa das vezes cheguei a estar cerca de 8 meses sem fumar. As recaídas são bastante frustrantes e desanimam... até porque às vezes se volta a fumar mais do que anteriormente! Mas é preciso ter força de vontade e tentar novamente...
Após várias tentativas frustradas decidi o seguinte: sempre que me apetece fumo um cigarro, fumo (e neste momento se fumar um cigarro por mês é muito)! Acho que um dos principais motivos porque voltava a fumar tinha por base a ideia “doentia” de que nunca mais podia voltar a fumar!
Comigo resultou, mas há quem prefira cortar definitivamente; depende de cada um... utilizei também uma estratégia que pode ser útil: antes da data marcada para o último cigarro passava a fumar marcas de tabaco “mais fracas”.

Por isso, caso tenha alguma recaída, não desanime, volte a tentar, pois vale bem a pena o “sacrifício”!
Um abraço e força para essa batalha!

PS – Tenho estado bastante “apertado” com trabalho, por isso ainda não consegui pegar no seu artigo sobre o lobolo (espero poder fazê-lo em breve).

(Paulo Granjo) disse...

Obrigado pela solidariedade e pelas dicas.
Quando se fuma 3 maços por dia, confesso que o prazer de fumar se tornou uma relativamente vaga memória. No meu caso, isso estava reservado a muito pontuais charutos de alta qualidade; os cigarros eram mais uma coisa de adormecer vício e (reparei hoje) de preencher qualquer ponto de viragem entre uma actividade e outra, qualquer nervosismo ou quaquer reflexão acerca de uma frase.
Enfim... conversa de junkie.

Vamos ver a sequência da coisa. Isto tendo em conta que, como nunca tentei deixar de fumar e como o fiz por promessa à minha filha, não tenho grandes alternativas para recaídas.

Um Cohiba, Trinidad ou Partagas fumado quando o rei faz anos (e ficando por aí) seria, de facto, uma perspectiva simpática.

AGRY disse...

Bem também eu decidi felicitá-lo pela sua decisão efémera. Desencorajá-lo? De forma nenhuma. A dificuldade incide, sobretudo, nos primeiro 20 anos. Depois, é tudo bem mais simples.
Sabe, deixei de fumar há quase duas décadas. Fiz estágio, entretanto. Nasceram os filhotes e deixei de fumar em casa. Em jejum, também. Tomei, naturalmente a decisão. Nunca mais fumei um cigarro. Um amigo meu voltou a fumar 20 anos depois de ter tomado uma decisão heróica como a sua ( e a minha?).
A pressão da sua filha talvez funcione. Espero bem que sim. Cuidado com as entrelinhas no sub-consciente dum fumador pontual!

Anónimo disse...

Tive aqui um colega de trabalho, entretanto reformado, que fez a mesma promessa à filha dele; e resultou em pleno! Nunca mais voltar a fumar depois dessa promessa (e já lá vão cerca de 25 anos).
Não consigo vislumbrar melhor motivação para deixar de fumar do que a promessa a um filho. Por isso, o sucesso é quase garantido.
Promessas destas são para cumprir, não são passíveis de recaída!

Ao contrário daquilo que seria esperado, os momentos que custam mais não são os prmeiros dias, mas sim após 1 mês e por aí adiante.

Agora só entre nós que ninguém nos ouve... 3 maços por dia é um "bocadinho"! Força e coragem!

Jonathan McCharty disse...

"Quem quer, pode!" Diz o ditado....

"Corajo", nosso antropologo!

Ana Mandillo disse...

Paulo, o acto, em si não tem nenhum cariz solene....
Nem coragem é precisa.
Apenas uma decisão!

Logo boa sorte e muita força!

(Paulo Granjo) disse...

Obrigado a todos, pelo apoio.

Infelizmente, não foi o último (vergonha!).

Não resisti a 3 horas e meia de burocracias inesperadas, para despachar a minha cadela e uma caixa de livros no aeroporto de Maputo...

Mas a paragem recomeçou com a chegada a Lisboa. Espero que de vez.

Anónimo disse...

Olá, meu nome é Letícia Neumann, moro em São Paulo, Brasil. Admiro muito seu trabalho, estou tentando ler todas as matérias do seu blog. Parabéns pelo trabalho!!!!!