sábado, 24 de outubro de 2009

Coisas que a gente diz

A pedido de um jornalista do Público, comentei da forma que se segue as expectativas em relação às eleições moçambicanas e à eventual erosão eleitoral da Renamo.

Alguém quer comentar? Acrescentar? Rebater? Insultar?

«A grande incógnita, quanto ao desgaste eleitoral da Renamo mas também da Frelimo, é o MDM de Deviz Simango.
É impressionante o apoio que suscitou quer em Sofala, zona forte da Renamo, quer nos jovens e classes médias emergentes do grande Maputo.

Mas, mesmo nas pessoas mais velhas das camadas pobres que continuarão a votar nos seus partidos de sempre, desperta simpatia o seu discurso sem agressividade, baseado na honestidade, competência, diálogo e distribuição mais justa dos recursos que inundam o país.
Toca, afinal, o que desagrada às pessoas nos dois partidos habituais, mas para que não viam alternativa: uma governação que lhes parece arrogante, predatória e desigual, e uma oposição que lhes parece agressiva e inconsequente.

O desgaste de ambos será, contudo, minimizado pela polémica exclusão, pela CNE, do MDM em quase ¾ dos círculos eleitorais.
Se antes disso fazia sentido discutir o possível fim da maioria absoluta da Frelimo, hoje discute-se se (sobretudo após uma também muito polémica actualização dos cadernos eleitorais) ela não conseguirá a maioria de 2/3 que lhe permitiria mudar sozinha a Constituição.»

(na foto, o meu "sobrinho" De Wilde)

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