in Análise Social, 181 (2006)
Os dados de uma pesquisa na refinaria de Sines indicam que a utilização impressiva da noção probabilística de “risco” pode induzir novos perigos na laboração, enquanto visões não-probabilísticas das ameaças se revelam empiricamente mais adequadas e potenciadoras da segurança. Se as limitações da análise probabilística se tornam mais evidentes nos contextos tecnológicos complexos, não menos preocupantes são os efeitos de sentido que resultam da hegemonia do conceito de “risco” e as consequências do papel que este assume nas relações de poder entre tecnociências, empresas, Estado e cidadãos, ou que resultam da sua aplicação impressiva por parte destes últimos. Com parcial responsabilidade na reprodução dessa hegemonia durante as últimas décadas, deverá caber hoje às ciências sociais um papel central na crítica do estatuto epistemológico da noção probabilística de “risco” e das suas consequências sobre a esfera política, o perigo e a segurança dos cidadãos.
Leia «Quando o Conceito de "Risco" Se Torna Perigoso»
domingo, 4 de fevereiro de 2007
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