«Portanto, está a ver: o país não está como as pessoas gostariam, o tempo passa e cada vez há menos desculpa para o que está mal, mas a verdade é que passei cá as alturas mais difíceis, não era agora que me ia embora. Quando me convidam para ir para Portugal, eu digo: «Eu hei-de morrer aqui.»
Há um termo que eu apliquei, quando era muito novo e não sabia onde é que ia parar com a minha vida. Dizia isto a muita gente: «Deus deu-me um bocadinho para eu nascer e deu-me o mundo inteiro para eu morrer.» Disse isto durante muitos anos a muita gente, porque andei realmente perdido.
Hoje, sei que hei-de morrer aqui.»
(capítulo 10)
Este livro, a história de vida de um habitante de Maputo (com este amor pelo meio e contada nas suas próprias palavras), está há 2 anos para ser publicado.
Uma editora já avançou e recuou. Outras consideram que, comercialmente, é uma «edição de risco» - e devem ter razão, porque eles é que são os profissionais.
Confesso que não percebo o mercado livreiro.
Leia o Posfácio analítico de "Um Amor Colonial - Álvaro e Rosita, Lisboa/Angola/Moçambique"
1 comentário:
em epoca de frequencias, e com tanto para (por) ler .. com ou sem peso na consciencia, nao consegui deixar de ler estes pequenos excertos, porque a cada excerto que passava, queria saber mais e mais.
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