No Zimbabwe, torna-se cada vez mais provável que a regional "solidariedade entre libertadores" (que avilta esse merecido epíteto e esquece os libertadores que se distanciam ou opõem a esse cozinhado, de que Zuma e a COSATU são apenas os mais evidentes) permita e estimule uma "saída airosa" para Mugabe: A partilha de poder com os vencedores e a transformação de vencido em vencedor, para que possa depois sair pelo seu próprio pé, vencido ou não pela idade, o caruncho e a morte.
É esquecer que o poder no Zimbabwe não é apenas Mugabe, mas uma oligarquia politico-militar, mas adiante.
Nessa visão implícita de que poder obtido é poder vitalício (independentemente daquilo que queiram os "libertados"), o cozinhado passará quase certamente por uma segunda volta das presidenciais, depois das necessárias recontagens à porta fechada. Um segunda volta que se deverá parecer bastante com este cartoon, retirado daqui.
Não sei se é por ser 24 de Abril, mas estas visões do poder e da política soam-me a dejà vu.Substitua-se "libertadores" por "salvadores da pátria", ou juntem-se as duas, como nesta outra imagem e... Lembram-se?
28/4: Quatro dias depois, tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.
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