domingo, 13 de abril de 2008

Junta militar no Zimbabwe?

Diz o jornal The Zimbabwean desta semana que, desde o dia 30, o poder é ocupado no país de forma colegial, por Mugabe e pelo Estado-Maior das forças armadas e de segurança - o Joint Operations Command.
Essas altas patentes militares (apontadas como riquíssimas, corruptas e desesperadas por garantirem a continuidade do seu estatuto de excepção) teriam assumido parte dos poderes presidenciais, com base na constituição mas sem a necessária declaração de estado de emergência. O politburo da ZANU-PF teria entretanto, na sua reunião da semana passada, aceite essa situação.
Ainda de acordo com o jornal, seriam esses generais quem colocou sob apertada vigilância os membros séniores da comissão eleitoral (escolhida pela ZANU-PF) e pressionou os tribunais para não aceitarem tomar posição acerca da rápida divulgação dos resultados das eleições presidenciais.

À luz desta informação, compreendem-se melhor algumas coisas que não fariam muito sentido apenas com base na caturrice geriátrica de um tirano ex-libertador. Inclusive, a sua ausência da reunião de emergência da União Africana para tratar da situação no Zimbabwe.
Mas, confesso, não a vi em mais lado nenhum. Por isso, se alguém tem informações que confirmem ou infirmem esta, não se acanhem. A caixa de comentários está aí para isso.

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