NO PAÍS DA FLEXIBILIDADE MORAL
Na mesa ao lado, frente a uma colecção de garrafas vazias, dois docentes peroravam acerca do futuro do país - e do seu futuro nele.
Depois de recitarem o credo na altura em moda («Não há desenvolvimento sem a criação de uma burguesia nacional»), começaram a comentar um colega que tinha iniciado um negócio de fornecimento de serviços especializados.
- Ele pode ser muito bom técnico, mas não vai ter sucesso como empresário. Falta-lhe flexibilidade moral.
Já com a minha pizza de take-away na mão, dei comigo a cantarolar, rua fora, a música do Sítio do Picapau Amarelo.
Com outra letra: «No país da flexi-bi-li-daaaade mora-aaaal».
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