quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Bipartidarismo à força

Por Moçambique, sabe-se agora que as razões alegadas pela Comissão Nacional de Eleições para excluir listas eleitorais do novo partido MDM também se verificam em listas da Frelimo e da Renamo, que foram dadas como válidas.

Mas, como mesmo em bipartidarismos forçados há uns mais iguais que os outros, a CNE só entregou ainda à Frelimo o subsídio de campanha que já todos os concorrentes deviam ter recebido... (vejam aqui)

Entrementes, um candidato a deputado por Tete declarou num comício que a exclusão de outros partidos se deveu a eles não reunirem condições para concorrer, pois «nós não vamos meter ladrões para dirigirem o país, mesmo que os doadores exijam que isso aconteça».

Trata-se de um ex-Ministro da Segurança que, há uns 15 dias, tinha dito ao jornal Savana que as pessoas fuziladas nos seus tempos de glória "estavam a pedir para morrer" e que os Campos de Reeducação não tiveram nada de especial, pois "também existem nos Estados Unidos".

Levanta-se assim uma curiosidade: será que o digno candidato irá manter, nos próximos tempos, a actual retórica à Robert Mugabe, ou será que irá alegar que também os Estados Unidos são bipartidários e ninguém os chateia por causa disso?

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