A suspensão do processo de avaliação profissional do juíz Rui Teixeira, que foi instrutor do "Processo Casa Pia", está a fazer correr alguma tinta.
A razão tem a ver com o facto de apenas os membros do Conselho Superior da sua corporação que foram indicados pelo PS se terem oposto a que recebesse uma classificação de "Muito Bom".
Para muitos observadores, isso configura (ou levanta a suspeição de) uma interferência partidária no poder judicial. No que, provavelmente, até terão razão.
O que me espanta, contudo, é outra coisa.
Tendo esse meretíssimo juíz visto algumas das suas decisões fulcrais ser anuladas por instâncias superiores devido a "erro grosseiro" (ou seja, devido a um grau inaceitável de incompetência profissional - daqueles que a nós, vulgares mortais que não somos juízes, nos levariam ao desemprego ou à destruição da carreira), como é que apenas 3 membros do seu Conselho Superior acham que é um pouco de mais classificá-lo como "Muito Bom" - e, possivelmente, o fizeram por interesses partidários e não por mero bom senso, ou razões deontológicas?
Parece que os juízes vivem, ou pensam viver, num mundo muito diferente do nosso.
O que é um bocado chato, tendo em conta que ficamos à sua mercê, a partir do momento em que tenhamos que entrar numa sala de tribunal...
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