quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Nesta primeira sociedade na história em que se morre à fome havendo comida de sobra...
... a frase desta senhora (para quem tenha mais dificuldades com o inglês, diz «Um dia os pobres não terão mais nada para comer a não ser os ricos») talvez seja mais metafórica que factual.
Antes disso, terão ainda a possibilidade de "apreender" a comida a que os ricos e os menos pobres lhes vedam o acesso, por não terem dinheiro, e a riqueza dos ricos e dos menos pobres que eles, para a transformarem em acesso à comida.
É bastante plausível que por aí passe um futuro em que se continue a agravar o empobrecimento, precarização e incerteza de vida da grande maioria, a par de uma progressiva concentração de riqueza - cuja obscenidade se torna tão mais evidente e violenta quanto maior é o seu contraste com as dificuldades gerais.
Algo que as "elites" e as "classes médias-altas" de muitos países africanos aprenderam a ignorar no seu quotidiano (até aqueles dias em que pneus são queimados e os seus armazéns saqueados), e que os detentores do dinheiro e do poder na Europa tentam aprender a ignorar. Confiantes na ignorância, resignação e capacidade de sofrimento dos outros, confiantes na sua própria capacidade repressiva.
Voltarei ao assunto.
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1 comentário:
Ultimamente tenho pensado que enquanto houver ricos, não há-de haver chatice. Em caso de dificuldades, bastará ir roubá-los, de preferência em grupos de 10 ou 15, indo aos seus hipermercados, aos seus centros comerciais, às suas mansões.
Aí então os ricos começarão a preocupar-se em redistribuir.
Marcos
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