Foi para mim um choque a leitura deste artigo de Pedro Rosa Mendes, ontem no Público.
Infelizmente, tudo nele parece ser pertinente, basear-se num profundo conhecimento da realidade e soar a déjà vu.
Será que Timor é um estado inviável?
Será que os seus dirigentes e a ONU tudo fazem (mesmo que não deliberadamente) para que assim seja?
Será que temos que reequacionar a gestão internacional das fases pós-conflito, naqueles países que não regressam descaradamente a ele?
Ou o assistencialismo desresponsabilizante?
Leiam e digam de vossa justiça.
Entretanto, Xanana Gusmão mantém-se no registo da retórica bombástica, tipo «é a hora da verdade (...) é a hora de decisões estratégicas para tirar o povo da pobreza».
Não houve 9 anos para pensar nisso, ou até para coisas mais comezinhas como dar manutenção às infraestruturas básicas oferecidas pelos países estrangeiros. O recordar dos anos passados nas montanhas e dos terríveis sacrifícios enfrentados pelo povo para alcançar a independência chegam para justificar tudo o que desde então se passou e passa.
Déjà vu. Doloroso déjà vu.
Sem comentários:
Enviar um comentário