quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ai, Timor !...

Foi para mim um choque a leitura deste artigo de Pedro Rosa Mendes, ontem no Público.

Infelizmente, tudo nele parece ser pertinente, basear-se num profundo conhecimento da realidade e soar a déjà vu.

Será que Timor é um estado inviável?
Será que os seus dirigentes e a ONU tudo fazem (mesmo que não deliberadamente) para que assim seja?
Será que temos que reequacionar a gestão internacional das fases pós-conflito, naqueles países que não regressam descaradamente a ele?
Ou o assistencialismo desresponsabilizante?

Leiam e digam de vossa justiça.

Entretanto, Xanana Gusmão mantém-se no registo da retórica bombástica, tipo «é a hora da verdade (...) é a hora de decisões estratégicas para tirar o povo da pobreza».

Não houve 9 anos para pensar nisso, ou até para coisas mais comezinhas como dar manutenção às infraestruturas básicas oferecidas pelos países estrangeiros. O recordar dos anos passados nas montanhas e dos terríveis sacrifícios enfrentados pelo povo para alcançar a independência chegam para justificar tudo o que desde então se passou e passa.

Déjà vu. Doloroso déjà vu.

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