sábado, 23 de fevereiro de 2008

(re)Parabéns, INGC

Estou a ficar fã!

Já aqui louvei a
eficiência e o rigor do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades, nas cheias do Zambeze.

Agora, o INGC vem chamar a atenção para desvios na distribuição dos donativos às vítimas das cheias, a jusante da sua acção - juntando às suas outras características públicas a seriedade e mostrando que, para um organismo estatal como este, tais falcatruas, roubos e revendas não são normais nem aceitáveis.

Parece que alguém andou a ler a história do menino e do lobo, levando a sério que, para o auxílio vir depressa quando é de facto necessário, não se pode andar sempre a gritar «Lobo!» sem que ele lá esteja. Parece que também se andou a ouvir a velha frase de que "à mulher de César não basta ser séria, tem também que parecê-lo" - e, com isso, ganhar credibilidade e não apenas pena.

Quem olha e vê, deixa de acreditar nessas balelas de que incompetência, corrupção e desleixo são "culturais" e "moçambicanos" (tal como, há umas décadas atrás, se dizia que desorganização e calãzisse eram "culturais" e "portuguesas"). São apenas incompetência, corrupção e desleixo - e, venham de moçambicanos ou de quem quer que seja, não há supostas "culturas" que os justifiquem; há apenas a complacência para com eles.

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