Será das 9 às 11 horas, na sala 206 do edifício da Faculdade de Letras e Ciências Sociais, no campus universitário.
Deixo-vos em baixo o resumo. Poderão encontrar neste blog alguns textos mais desenvolvidos acerca do "povo na garrafa" e do "5 de Fevereiro". Quanto aos linchamentos, o essencial da minha proposta complementar de leitura do fenómeno irá sendo afixado hoje e amanhã, na série de posts que aqui se iniciou.
Poder, Prazer e Garrafas
pistas para a leitura do 5 de Fevereiro e dos linchamentos
A frase «o povo saiu da garrafa», depressa adoptada para designar os acontecimentos de 5 de Fevereiro de 2008 em Maputo, constitui (sob uma linguagem que manipula metaforicamente a feitiçaria) uma interpretação popular quer acerca do significado desse dia como ponto de viragem nas relações de poder, quer acerca daquilo que essas relações de poder eram e do que a população deseja que passem a ser.
Também seria pertinente ler a sucessão de linchamentos ocorridos em 2008 à luz dessa frase e metáfora, embora ela não tenha sido utilizada neste caso. Às várias pistas de leitura apontadas para a compreensão deste segundo fenómeno, sugiro que se acrescente uma outra, baseada na afirmação e performance do poder por parte da população. Parto, para tal, do poder assumido no acto de matar sob aplauso público (como em guerra), e da estética da morte e castigo físico público que encontramos em Moçambique desde tempos pré-coloniais, reemergindo no colonialismo, na revolução e na guerra civil.
Sem comentários:
Enviar um comentário