segunda-feira, 5 de maio de 2008

Há sempre um imbecil desconhecido que espera por si

Já há muito sabia, pela minha experiência como estudante e como professor, que qualquer imbecil acaba por tirar uma licenciatura, desde que tenha a persistência suficiente. Tem depois direito ao título respectivo, podendo alegremente arrastar na lama o nome da profissão dos colegas.
Também há muito que existem colunistas imbecis. Pergunto-me até, por vezes, se serão resultado da boçalidade de quem os escolhe, ou de uma sua aspiração ao papel divino de equilibrar o Yan e Yin cósmicos, lá no jornal.

Mas vem-se notando uma outra tendência nos últimos tempos: a de procurar notoriedade através da graçola imbecil, maningue provocadora, mesmo que não corresponda ao que realmente se pensa e que não seja em nada necessária para o argumento (que muitas vezes não existe). Não sei até se pessoas de quem muito gosto não terão alguma responsabilidade neste moda.

Mas este parágrafo, na imagem aqui em baixo, está ao nível mental do Taxi Driver que leva a apaixonada ao cinema pornográfico para a encantar.
Com a diferença de que, aqui, não são suecos e suecas a refolegar, mas a bárbara repressão de um povo e a tortura e assassinato de um gigante, comparado com este anão. O que torna a coisa realmente obscena.
Com a diferença de que o Taxi Driver fica perplexo, enquanto este sociólogo deverá estar todo contente por ter "abanado as consciências", "feito sangue". Sangue que já correu em profusão e consciências que já foram abanadas por aquilo com que goza.

Desde que a ouvi, a frase «Não concordo com o que dizes mas lutarei para que o possas dizer» calou-me muito fundo.
Mas convém que haja algo para dizer.
Isto, é apenas um escarro. Mal escarrado, ainda por cima.

O texto todo do senhor em questão, aqui.

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